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Numa produção audiovisual existem vários elementos, desde que se pensa na história a fazer até que se publica existem diversos pormenores e técnicas a ter em conta.
Os raccords são umas dessas técnicas: a passagem de um plano para o outro é assegurada por eles, garantindo a coerência entre eles. Ou seja, são ligações credíveis através de efeitos visuais, sonoros ou de linguagem, dando continuidade à narrativa.
Os raccords dividem-se assim, pelas 4 principais áreas de uma produção audiovisual:
1. Raccords de ação: aparência dos atores em movimento, entrada e saída de campo; adereços, cenário e posicionamento na cena;
2. Raccords de elementos do décor: elementos fixos como móveis, quadros, acessórios, cores, etc; cuidado com os “toques” que se dão aos adereços entre o registo do 1º e 2º planos;
3. Raccords técnicos de imagem: a luz de cena, a objetiva, a abertura do diafragma, entre outros;
4. Raccords técnicos no som: níveis de som ambiente e ruído: chuva, vento, etc.
E destacam-se alguns tipos:
- De movimento: quando um determinado movimento parece manter a credibilidade de um plano para o outro;
- De direção: quando determinado elemento se movimenta deve seguir sempre a mesma direção. Se no primeiro plano ia da direita para a esquerda, o plano seguinte tem de apresentar o resultado dessa direção, até que o movimento do elemento indique o contrário (uma paragem ou um cruzamento, por exemplo);
- De analogia: quando o 2º plano contém um objeto, imagem, figura, cor ou um outro qualquer objeto que remeta para a cena anterior;
- Faux Raccord: dá-se este nome perante uma sequência em que aparentemente os dois planos não têm conexão entre si. Este efeito é criado para criar uma dúvida no espetador, de modo a que ele crie as suas próprias conexões ou que ilustre uma série de factos aparentemente desconetados entre si.
Quando deveria existir um corte que não ocorre, o nome utilizado é precisamente o mesmo.
Fonte: http://d1tempo.com/wiki/index.php?title=Raccord